2009/08/17

 

SUSPENSÃO DE OBRA

Por proposta do Presidente da Câmara e aprovada por ele e pelos 2 vereadores em regime de permanência, foi suspensa a obra "Arruamentos em Penalva do Castelo 1ª fase", que corresponde ás obras que estão a ser efectuadas nas ruas D. Manuel I, Dos Correios, Comandante José Laires, Luis de Camões, Professor Tiago e Rua 25 de Abril.
Inexplicavelmente, e apesar de nos últimos 2 meses essas obras decorrem em ritmo muito lento e com os padrões de qualidade e de cumprimento do projecto e do caderno de encargos, muito baixos, vem agora o próprio Presidente propor a suspensão dos trabalhos com o argumento que, a ser agora refeito o troço entre a Rua 1º de Dezembro e a Rua Luís de Camões, iria perturbar o trânsito, por causa da muita afluência de emigrantes e, ainda, o facto do Instituto de Estradas, não ter aprovado as obras junto á Estrada Nacional (Rua 1º de Dezembro). Esta decisão torna-se tão anormal que pode levar os munícipes mais atentos a fazer algumas perguntas:


- Porque é que suspendem as obras em vez de se dar um prazo para que o empreiteiro as termine o mais rápido possível?
- Porquê agora, quando a maioria dos emigrantes já foi embora?
- Porquê esta proposta quando se sabe que as obras já deveriam estar acabadas há muito tempo e não tem andado a um ritmo normal?
- Porque não se acertaram, atempadamente, com o Instituto de Estradas, os problemas desta obra, uma vez que se sabia, há anos, que tal iria acontecer?


A estas perguntas, acrescento eu outras:

- Porque é que tendo terminado o prazo da última prorrogação da obra em meados de Julho, não foi o empreiteiro obrigado a concluí-la dentro do previsto?
- Porque não consultou a Junta de Freguesia, solicitando uma opinião de quem tem, também, responsabilidades na Vila?
- Porque interromper a continuação das obras se há alternativas á circulação do trânsito, já utilizadas em outras ocasiões?
- Tendo a obra sido objecto de várias prorrogações do prazo, os trabalhos continuam atrasados apesar da Câmara pagar a tempo e horas, porquê? É o empreiteiro que falha ou a Câmara que não exige?

São muitas perguntas que merecem resposta, mas que, na óptica do Presidente da Câmara, não valeu a pena equacionar. Na minha opinião, está a alargar o prazo ao empreiteiro, porque as prorrogações tem sido insuficientes para terminar o que se prontificou, em contrato com a Câmara, a fazer em 7/8 meses.

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Comments:
Como sabe acabo de regressar de Penalva do Castelo.
Reparei no estado de estaleiro da vila, mas também nos cartazes politicos que a decoram.
Não sendo eu municipe, fico constrangido pelo facto de não me ter deparado com uma unica candidatura que me devolvesse á alma alguma esperança.
Sei que há cidadãos de valor na vila, ou a ela ligados, e perco-me na analise de entender porque se não disponibilizam para servir a sua terra.
Corremos o risco de ver ganhar quem nada fez de bem feito, por ausência de alternativa.
E ainda de o ver sair e assim "ganhar" uma camara cega muda e surda de todos os problemas que nos tem relatado.
E confesso que acho mais imponente a casa do presidente que o seu local de trabalho.
A propósito, quanto ganhará um presidente de camara??
 
Ah pois....os emigrantes é que interessam....pois eles não podem ser...como hei-de pôr....ah...incomodados....mas os moradores que já andam nesta palhaçada há mais de ano e meio podem esperar mais um pouco....pois não se pode transtornar a vida e a passagem dos emigrantes!!!! Senhor Presidente da câmara....envergonhe-se....está aí porque os RESIDENTES no concelho votaram em si....e não os emigrantes....se tem de fazer alguma coisa....faça-o pelos que cá estão o ano inteiro...e não por aqueles que vêm com o único intuito de visitar familia e amigos e que se estão pouco marimbando para si!!!!
 
É uma vergonha o que se passa na rua D. manuel I. obra por acabar. obra mal feita, nomeadamente postes eletricos de tres "raças". caixotes do lixo a abarrotar, e virados ao contrário. zonas publicas mal cuidadas. zonas de lazer de jovens descuidadas, mal protegidas. enfim, temos de aturar tudo e pelos vistos mais alguma coisa(obra parada novamente).
Eu pergunto aos penalvenses se isto é competencia.
pergunto aos residentes se esta gente merece o NOSSO voto.

Saudaçoes de um INDEPENDENTE.
 
Sr. PSantos
Pelos vistos é um conhecedor dos políticos locais, para não cair no ridículo e até ofender quem se disponibiliza para tentar alterar o rumo do nosso concelho fazia bem em candidatar-se para ver o seu peso ou então não se meta em assuntos que não sabe.
 
Um leitor anónimo, corrigiu-me, E MUITO BEM, um termo que usei mal, porque, além do mais, é um erro ortográfico: perrogação, não existe e o termo certo é PRORROGAÇÃO.
Muito obrigado pela chamada de atenção.
 
Em relação à sua redacção, tenho a indicar que:
1 - O Instituto das Estradas de Portugal (IEP), foi transformado em entidade pública empresarial, com a denominação de "EP - Estradas de Portugal, E.P.E.",em 21 de Dezembro de 2004.
2 - Todos os projectos de vias que derivam de estradas nacionais deviam ser sujeitos a prévia aprovação das EP,EPE, no respeitante apenas ao cruzamento (características geométricas e sinalização), se não foi feito, foi asneira, pode haver embargo, se for feito, é só respeitar o projecto.
3 - Em relação aos adiamentos, o Empreiteiro pode pedir os que entender, desde que sejam justificáveis e desde que o Dono de Obra aceite. Não creio que nsta fase que me parece quase terminal fosse bom levar as coisas a tribunal.
4 - A Junta de Freguesia não tem de ser consultada para a realização desta Obra, o Dono de Obra é a CMPC, e pode, se entender, chamar a JFI a colaborar. Se não o fez é porque não achou necessário. (Se calhar fez mal...)
5 - De facto, as obras parecem não estar a correr como seria de esperar, e, no final, e uma vez que se trata de dinheiros públicos, não era pedir muito se explicassem aos munícipes se os incidentes e adiamentos eram passíveis de ser previstos ou se resultaram de factores que eram imponderáveis antes do início dos trabalhos.
6 - A presidência é PSD, como tal, se o lema da Senhora Ferreira Leite para as Autarquias é "Política de Verdade", era a verdade que no final eu gostava de ouvir, porque mentiras e ilusões entram-nos pelas janelas todos os dias, e nós eleitores compreendemos que "errare humanum est", por isso, aceitamos melhor um erro de um nosso semelhante, do que uma mentira declarada.
 
Para o Anónimo anterior:

Afinal, há pessoas interessadas em acompanhar o que aqui vou escrevendo, e, felizmente, suficientemente informadas para me corrigir, o que agradeço.
1- Ao referir-me ao Instituto de Estradas, referia-me ao E.P.-Estradas de Portugal, e creio que a mensagem passou. Do mesmo modo poderia ter-lhe chamado Junta Autónoma das Estradas, que as pessoas perceberiam, apesar do erro na identificação;
2 - Não foi apresentado, porque não existe, qualquer aprovação do EP-Estradas de Portugal;
3 - Sei que o empreiteiro pode pedir os adiamentos que quiser, mas, para serem concedidos, as razões do pedido têm de ser verdadeiras. Neste caso, tendo o último pedido terminado em Julho e não havendo motivos para mais uma prorrogação, a paralização da obra por parte da Câmara, é, para mim, um adiamento para facilitar o empreiteiro, pois o ritmo das obras baixou quase a zero. O curioso é que, apesar desta paralização ordenada pela Câmara, há trabalhadores em obra. Estranho, não é?
Ninguém falou em levar esta situação a tribunal;
4 - Por uma questão de bom senso, a Junta de Freguesia deveria ter sido ouvida;
5 - Na quela obra, os imponderáveis que apareceram, devem-se á fraca qualidade do projecto;
6 - Errar é humano e corrigir os erros também. Os erros persistiram durante toda a obra.
Se está á espera de saber a verdade sobre esta obra e outras de igual teor, bem pode esperar sentado, porque isso, a acontecer, só após as averiguações do IGAL.
Agradeço-lhe mais uma vez os coment+arios e a correcção.
Gabriel Costa
 
Bom, sendo assim:
3 - Se o motivo apresentado pela CMPC para suspender os trabalhos é "por causa dos emigrantes", parece-me um motivo nulo, tal como parecerá a todos os munícipes. Se a CMPC tem cumprido com o contratado, não há motivo para incumprimento do Empreiteiro, e como tal, esta paralisação, que me cheira a esturro, pois também tenho reparado em frentes de trabalho activas, prende-se com um pequeno favorzinho para que as coisas corram bem para todos. Um contrato só é bom, se for bom para todos, não se pode também sobrevalorizar estes pequenos acertos, mas neste caso parece que está a correr mal é para os munícipes...
5 - Não conheço o projecto, não posso pronunciar-me, mas a verdade é que não é muito fácil prever tudo em fase de projecto, e numa obra com estas especificidades é muito normal que surjam trabalhos não previstos, e como tal, pode haver negociações para obter menos valias em alguns trabalhos para poder dar resposta a trabalhos não previstos, controlando-se desta forma os custos e evitando derrapagens orçamentais.
 
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