2007/07/26

 

Desinteresse

Em 13 de Abril, apresentei na reunião da Câmara um requerimento, solicitando que me fossem fornecidos uma série de documentos sobre avaliações e compra de terrenos, despesas com autarcas, adjudicação de obras, receitas de publicidade e exploração das piscinas municipais, certidões de pagamentos, cópias de contratos de compra e venda e permuta, etc.
Foram-me entregues, a sua maioria, no dia 27 de Abril e mais alguns no dia 11 de Maio. No entanto, continuam a faltar ainda três dos documentos pedidos.
A saber:
1 – Cópia da informação Técnica que sustente a capacidade e possibilidade legal de utilização dos terrenos da Feira Semanal, de acordo com o PDM-Plano Director Municipal;
2 – Cópia Auto de Recepção Provisória da empreitada das “Piscinas Municipais”;
3 – Certidão com a indicação dos montantes já pagos, por auto e natureza deste, da obra “CM de Roriz Á EN 229-2, por Vila Garcia, Santa Eulália e Lusinde”.

Por informação do Sr. Presidente fiquei a saber que:
Em relação ao ponto 1, a Câmara não tem qualquer informação técnica do responsável pelo PDM que sustente a possibilidade de poder ser construída a feira semanal naquele lugar.
Em relação à segunda questão, foi-me dito claramente que não há, porque não foi feito, qualquer Auto de Recepção daquela obra.
O terceiro ponto não mereceu resposta e nada recebi do que tinha pedido.

Agora o mais grave do assunto:
1 – A Feira Semanal está construída nas Zonas de Reserva Ecológica e Agrária o que é manifestamente ilegal, pois não são permitidas quaisquer construções ou obras naquelas zonas a não ser por razões previstas na Lei, depois de pedida e autorizada a desafectação das parcelas a utilizar, e, alterado o PDM. O que não aconteceu. Um mau exemplo para o cidadão comum, que, sabendo a Câmara Municipal prevaricadora, se acha no direito de o fazer, também, sem que daí lhe advenha qualquer sanção.
2 – A não existência de qualquer Auto de Recepção Provisória, assinado entre a empresa construtora e a Câmara Municipal, e, que também é de obrigatoriedade legal, desresponsabiliza o construtor das anomalias que a obra possa vir a sofrer, dado que a ocupação por parte da Câmara, foi abusiva. Para além disso, a Câmara não protegeu os seus interesses e admitiu que tudo estava em condições de ser utilizado sem a respectiva verificação e confirmação legal. Um mau exemplo da defesa dos interesses públicos.
3 – No ano passado, adverti o Sr. Presidente que, no final da empreitada da obra da “CM Roriz à EN 229-2, por Vila Garcia, Santa Eulália e Luzinde”, iria pedir a abertura de um inquérito que determinasse os motivos dos atrasos e do aumento de custos daquela obra. O absurdo que estava a permitir o reembolso à empresa construtora de dezenas de milhares de euros em Revisões de Preços de uma obra que se encontrava quase sempre parada, não era a melhor forma de defender os interesses públicos.

Na verdade, estes exemplos são esclarecedores da bagunça e do abandono a que este concelho está votado.
Apesar das minhas repetidas chamadas de atenção, sobre a quantidade de construções que estão a decorrer sem qualquer licença, nada tem sido feito e tudo continua a ser permitido, com desculpa de que o desenvolvimento do concelho justifica as facilidades concedidas aos construtores civis e donos de obras particulares.
A falta de autoridade e o desleixo não é a melhor forma de auxiliar quem necessita nem de defender os interesses de todos nós.

Comments:
http://www.ermulfi.blogspot.com/
 
veja:
www.forumparapenalva.blog.com
 
Ja se fizeram golpes de estado por menos!
 
Deixem-me lançar aqui um apelo.
Somos o concelho mais pobre do país, porque havemos de constantemente andar a batalhar no mesmo, cada um por si, não obtendo qualquer tipo de resultados...
Vamos unir todos os nossos esforços em prol da causa comum, ou seja, a queda do fascismo instituido em prol do progresso...
Como cidadão, conhecendo as suas capacidades e inteligência faça com que a revolta instalada surta frutos...seja a nível judicial, através do ministério público ou outro, para que os constantes crime sejam severamente punidos, e aqueles que constantemente prevaricam não mais andem de cabeça erguida a passear-se de jipe pelo cocelho...
 
Sr. Gabriel Costa, tenho andado um pouco inconformado com uma novidade que a ser verdade é deveras alarmante.
A nossa Câmara Municipal está a apoiar o 1º Festival de Verão que se realiza já no próximo sábado e ouvi umas gargantas mais abertas que dizem que a Câmara vai comparticipar com a parte que cubra eventuais prejuízos nas contas finais da organização que quanto se sabe é privada, não se tratando de uma associação ou outra coisa legalmente constituída com finalidades e princípios fundamentais à prática desses actos.

Se esta alegação for verdadeira! Será que se eu montar um negócio (uma discoteca), a Câmara garante-me a cobertura de todos os prejuízos de uma gestão desastrosa ou até por conveniência?!

Será isto ético? E mais, hoje o que se sabe é que nem as associações que estão a mamar da câmara apresentam contas, quanto mais pessoas que estão numa organização privada.

Gostava que aprovasse este comentário e que como vereador tomasse os procedimentos que sirvam os interesses públicos sobre de privados. Recorro a si, pois penso que face à sua posição na câmara é o único que pode contrariar uma politica viciada.

E, porque não confio em quem tem poder de controlo e decisão na nossa autarquia.

Um bem-haja.
 
Caro Anónimo:

Digo-lhe que desconheço qualquer compromisso assumido pela Câmara em relação a essa festa. Se há compromissos, são pessoais e não vinculam a Cãmara. De facto, sendo a festa organizada por privados, a Câmara não pode subsidiar o evento, salvo se houver interesse público, devidamente justificado e aprovado em reunião camarária após apreciação de uma proposta e de um protocolo.
Procurarei saber se o que afirma corresponde á realidade e dar-lhe-ei a resposta neste lugar.
Cumprimentos
 
Caro senhor Anónimo:
Quero desde já acalmar o senhor anónimo pelo facto de estar preocupado com os dinheiros do Municipio na comparticipação ao Festival de Verão...já vi que o senhor adora uma boa fofoca....pois posso garantir que o Municipio nao comparticipou com nada nem nunca assumiu esse compromisso....caso houvesse prejuízo QUE NÃO FOI O CASO ouviu bem!!! NÃO FOI O CASO.. teria e como é obvio de ser assumido por toda a organização...SERÁ QUE O SENHOR (a) NÃO TEM MAIS NADA COM QUE SE PREOCUPAR....desde já agradeço o contributo que deu em ter ido ao 1º FESTIVAL DE VERÃO DE PENALVA DO CASTELO....e quer uma novidade??? PARA O ANO HÁ MAIS....
 
Por informação prestada pelo Sr. Presidente da Câmara na última reunião do dia 24, não foi dado qualquer financiamento ou garantida qualquer contrapartida para a realização do Festival de Verão. Apenas foi cedido o espaço, o que, na minha opinião, me parece uma decisão correcta.
 
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