2006/03/03

 

... do que um coxo


DESPACHO N.º 59/2006
O lançamento do processo de concurso e obras para o Centro de Saúde de Penalva do Castelo, dotado com verbas no OE/06, foi sustido pela revisão de programas funcionais determinado pelo novo conceito de Unidades de Saúde Familiares.
Existia ainda alguma indecisão sobre o terreno a escolher para a localização, indecisão que agora terminou, após a minha visita, em 27 de Janeiro, a Penalva do Castelo.
Dispondo-se já de programas-funcionais tipo em três modalidades de dimensão variável, os quais foram recentemente homologados pela Senhora Secretária de Estado Adjunta da Saúde, nada mais poderá impedir a rápida concretização desta obra.
Nestes termos, determino que a ARS Centro, através dos serviços técnicos da Sub-Região de Saúde de Viseu, inicie, de imediato, os trabalhos para a elaboração do projecto e concurso para a construção. Comprometi-me a que esta obra esteja concluída e o novo Centro de Saúde aberto ao serviço público até final de 2007. Este prazo tem que ser respeitado.
Lisboa, 01 de Fevereiro de 2006
O Ministro da Saúde
António Correia de Campos
Este é o teor do Despacho do Sr. Ministro da Saúde que determina a construção do Centro de Saúde de Penalva do Castelo.
No dia 27 de Janeiro visitou Penalva e disse para quem ouviu no seu discurso de circunstãncia:
- Sei que há divergências sobre a localização do novo Centro de Saúde. Entendam-se!
Deu, assim, a entender que comungava das preocupações de alguns munícipes e que estava aberto a um compasso de espera, curto obviamente, para que pudesse haver uma reapreciação e alguma discussão em torno deste assunto. Tanto mais que terá de ser elaborado um novo projecto muito mais pequeno, pois, o anterior, que resultara da abertura do concurso de concepção/construção, não serve, dadas as novas valências das Unidades de Saúde Familiares.
Recusou-se a visitar o local a convite do Presidente da Cãmara com a desculpa que:
- Não dou bençãos a terrenos. O senhor Presidente poderia depois dizer que eu aprovara o terreno só pelo facto de o ter visitado.
Reafirmou, assim, mais uma vez, que a localização poderia não ser a melhor e como tal não se queria comprometer no processo de escolha do terreno.
O Despacho confirma que tudo não passou de uma encenação para inglês ver. O dia 27 de Janeiro foi numa sexta-feira e o dia 1 de fevereiro numa quarta-feira. Se tivesse ficado calado, era mais saudável para todos. De um Ministro espera-se bom senso e clareza nas intensões. Não foi o caso.

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